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Brasil Participativo apresenta solução de comunicação personalizada em desafio internacional da OCDE

Países desenvolveram inovações para ampliar o engajamento da população com a participação digital. Brasil foi o único da América Latina escolhido para compartilhar sua experiência

Seis meses de duração, seis encontros, um desafio lançado, uma solução apresentada e muito aprendizado coletivo. Foi assim o Gov2Gov Innovation Incubator, iniciativa da OCDE que funcionou como uma incubadora de inovações para superar desafios do setor público de forma colaborativa. Neste projeto, o Brasil Participativo foi o único representante da América Latina entre um grupo de quatro países selecionados para compartilhar suas experiências de participação social digital.

Além do Brasil, Espanha, França e Itália foram escolhidos como challenge owners, ou seja, proprietários dos desafios, em tradução livre. Os proprietários eram auxiliados por outras equipes na busca por soluções inovadoras para os desafios de cada realidade. As equipes Talk London (Fala Londres, em português) e NYC Civic Engagement Commission (Comissão de Engajamento Cívico de Nova York) faziam parte do grupo do Brasil como challenge providers, atuando como se fossem mentoras do caso e contribuindo com sugestões de soluções.

Em 18 de março, foi realizada a última reunião do challenge para comentar os resultados alcançados durante o projeto. Como estratégia para aumentar o engajamento da população em processos de participação digital, a equipe do Brasil Participativo desenvolveu, testou e avaliou uma solução para enviar e-mails personalizados para usuários da plataforma. No encontro, a proposta foi apresentada e discutida pelos participantes.

O foco da ação desenvolvida pela equipe era engajar as pessoas com baixa interação no Brasil Participativo. Então, foram definidos públicos específicos para o envio das primeiras mensagens da comunicação dirigida, que chamavam pessoas que só tinham votado uma vez na plataforma no processo do Plano Clima Participativo para conhecer e participar de outros processos. Mais de 10 mil usuários atenderam aos critérios determinados pela seleção.

A mensagem elaborada era curta, direta e em linguagem simples, convocando os usuários a novas participações. Após o envio destes e-mails, começou a etapa de monitoramento das entregas e de análises de dados. Foram avaliadas as taxas de abertura, a quantidade de cliques e o número de respostas à mensagem.

“Tivemos um resultado bem interessante. Conseguimos não só desenvolver um protótipo como também testá-lo. Agora, vamos trabalhar para incorporar esse tipo de comunicação personalizada à nossa plataforma. Esse é um dos legados que o Gov2Gov deixa”, analisa Ricardo Poppi, pesquisador da Universidade de Brasília, uma das parceiras do Brasil Participativo.

Aprendizado e colaboração 

Poppi reforça a importância da colaboração e da visibilidade internacional decorrentes da participação no desafio. “Nos aproximamos do time do Talk London, que vive situações parecidas com as do Brasil Participativo, e de Nova York, que trabalha muito bem a parte de análise de dados de participação para melhorar os processos. Estamos, inclusive, com uma cooperação de intercâmbio em curso com Nova York”, comenta o pesquisador.

“Participar dessa incubadora de processos inovadores em parceria com governos de todo o mundo nos deu pelo menos três grandes oportunidades. A primeira foi conhecer diferentes experiências, metodologias e tecnologias de participação digital realizadas em grandes metrópoles como Nova Iorque e Londres. Em segundo lugar, divulgar o trabalho que realizamos no Brasil Participativo para diversos países da OCDE. Finalmente, também nos proporcionou refletir de forma colaborativa sobre ações possíveis de re-engajamento de usuários da plataforma, a partir de ferramentas de análise de dados e comunicação”, afirma Carla Bezerra, diretora de Participação Digital e Comunicação em Rede (DPDCR) da Secretaria Nacional de Participação Social (SNPS) da Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR).

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