Informações sobre os cookies utilizados no site
Utilizamos cookies para melhorar o desempenho e o conteúdo do site. Os cookies nos permitem fornecer uma experiência de usuário mais individual e canais de mídia social.

O Rio Grande do Sul enfrentou um dos maiores desastres climáticos de sua história no final de abril e início de maio de 2024. O evento resultou na inundação de uma área superior a 5 mil km², com 95 municípios declarados em estado de calamidade e outros 323 em situação de emergência, representando 84% dos municípios do estado, conforme Decreto Estadual 57.646, de 30 de maio de 2024. Ao todo, 2,398 milhões de pessoas foram afetadas, sendo 862,6 mil diretamente impactadas, incluindo 321,1 mil inscritas no CadÚnico. Foram registradas 182 mortes e 31 pessoas permanecem desaparecidas.

Quase 100 mil empresas foram atingidas, incluindo 47 mil MEIs, afetando 1 milhão e 200 mil empregos. O desastre também danificou 704 escolas, 213 unidades de saúde, 102 bibliotecas e museus, e 667 unidades de segurança. Na zona rural, mais de 206 mil propriedades sofreram prejuízos, com 19,19 mil estabelecimentos afetados de forma severa. As perdas resultaram de inundações, enxurradas, deslizamentos e rupturas na terra, com mais de 31 mil movimentos de massa mapeados, sendo que a erosão impactou 2,7 milhões de hectares de solo fértil.

A colheita de 2,71 milhões de toneladas de soja foi perdida, afetando 15,2 mil produtores. Além disso, 7,8 mil produtores de leite, 8,3 mil fruticultores, 8,05 mil olericultores, 2,85 mil pescadores artesanais, e mais de 80% das comunidades quilombolas e indígenas sofreram impactos. Na reforma agrária, foram 7.437 lotes afetados, com 244 famílias desalojadas, destruição de cerca de 3 mil km de estradas, centenas de casas e barragens, além de prejuízos às lavouras de arroz orgânico em assentamentos na região metropolitana.

O Governo Federal já mobilizou R$ 100,4 bilhões para ações emergenciais e de reconstrução, sendo R$ 82,3 bilhões de recursos novos e R$ 17,5 bilhões em antecipações. Além disso, estão sendo repassados R$ 23 bilhões até 2027 para o Fundo de Reconstrução do Rio Grande (FUNRIGS) e R$ 8,84 bilhões para obras de proteção contra enchentes e saneamento (Novo PAC). O desastre reitera a necessidade de aprofundar o debate sobre medidas de mitigação, regeneração de ecossistemas, e ações de adaptação e prevenção. O Brasil deve apresentar avanços no tema na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025.

A Secretaria para Apoio à Reconstrução, em parceria com instituições de pesquisa e entidades federais, promove um Seminário para analisar e avaliar o desastre com gestores públicos do Rio Grande do Sul e, neste diálogo, buscar articulações entre ciência e política para enfrentar eventos climáticos extremos.

Eixos Temáticos do evento

Com a proposta de realizar uma análise multidimensional do desastre, das mudanças climáticas, das vulnerabilidades e riscos e promover sugestões para o enfrentamento e a reconstrução sustentável do Rio Grande do Sul, o seminário “A Ciência no Enfrentamento ao Desastre de 2024 no RS: da emergência à reconstrução” organizou sua programação a partir dos seguintes eixos temáticos:

●       Dimensão meteorológica e mudanças climáticas

●       Dimensão hidrológica

●       Dimensão geológica e geossistêmica (geologia, geomorfologia)

●       Dimensão da biodiversidade e serviços ecossistêmicos (vegetação, fauna, ecologia)

●       Impactos na agropecuária e nas cadeias alimentares

●       Impactos econômicos, no emprego, no trabalho, na renda e na infraestrutura produtiva

●       Impactos na vida urbana, uso e ocupação do solo e habitação

●       Impactos na infraestrutura, no setor público e serviços de energia, transporte, saneamento, comunicação

●       Impactos junto aos povos e comunidades tradicionais

●       Impactos nas condições de saúde, bem-estar psicossocial e socorro a animais

●       Educação, comunicação e uso de tecnologias para redução de vulnerabilidades e gestão de riscos

●       Governança, gestão territorial e políticas públicas para redução das vulnerabilidades e gestão de riscos de desastres


Organização do evento

Comissão organizadora

Comissão científica

Para mais informações acesse nosso Instagram

Você precisa habilitar Todos os cookies para poder ver este conteúdo.

Alterar configurações de cookies